domingo, 7 de novembro de 2010

Felicidade...



-o que queres ser quando fores grande?
perguntava-nos quando sabiam que a nossa sapiência não chegaria a tanto. Vinham-nos então, na ponta da língua, profissões como:
-bombeiro
-jogador de futebol
-polícia
-astronauta
Crescíamos uns anos e a resposta passava a
-quero ser feliz.
O que é então ser feliz? Como se chega lá? Está reservado a ricos e santos ou eu posso ser feliz? Será que existe "aquela terra de suavidade"?

Assim como não se é triste, conformado, zangado, solitário... não se é feliz. Está-se feliz. A felicidade é simples. É um momento ou sucessão de momentos de alegria. Sente-se aquele calor confortante, os lábios afastam-se para desenhar o sorriso e está-se feliz. Poderia enumerar o rol de processos fisiológicos que levam à felicidade. Mas não, não é isso que me interessa. Interessam-me os motivos, o gatilho que dispara a adrenalina, a primeira peça do dominó.

Pergunta-te. Responde-te. A mim não me importa a tua conclusão. Preocupa-me apenas que haja tantos indivíduos neste mundo que não se questionam.

-a mim faz-me feliz o tilintar da moeda no copo do sem-abrigo, o sabor doce do morango ao passar na língua, os olhos de quem gosto repousados nos meus, o laranja intenso do pôr-do-sol na praia, a gargalhada de um bebé, o sucesso após o trabalho, a calma de uma noite deitada num saco-cama a olhar as estrelas, o vento que me despenteia mas faz sorrir, o calor de um abraço, uma carta de amor, aquela pequena prenda que não estava À espera... Nesses momentos sereno. Suavemente esvazio-me de todos os problemas que tive, tenho ou terei e estou feliz.

Não fiques à espera dos motivos para a tua felicidade, procura-os. Busca. Luta. Conquista. Vive. Descobre a felicidade. Saberás sempre que ela se vai, mas não desitas que ela não desistirá de ti.

Procura "aquela terra de suavidade" e...
...vive a procura.

Para RGF
CARPE DIEM
Diogo

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