quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

12 de Janeiro

Hoje começa o Diário da Caravana da Esperança, o grupo de jovens que vai estar a tempo inteiro com Fernando Nobre.
O grupo é composto pela Maria João “Papoila”, Pedro “Cinema”, Diogo Gaivoto, Frederico Brandão, Frederico “Grandalhão”, Diogo Silva, Catarina “Chefe” Silva, Catarina Cunha, Francisco “Bonitão” Venes e Filipe “Cuspidor de Fogo” e o nosso grande motorista Joaquim “El Comandante” “RA” Afonso. Um grupo deveras interessante :D

Começando no Cais do Sodré, logo hoje a caravana entrou Metro adentro até Arroios, num mar de gente. É incrível a quantidade de portugueses que deixaram o carro para abraçar este transporte (não diria que o fazem para não danificar o ambiente, há aqui uma inegável questão financeira de milhares de pessoas que passaram a usar transportes públicos em detrimento do seu transporte individual). Atolados, subimos à superfície para mais uma vez entrar num autocarro da Carris lotado até à sede da RTP (Rádio Televisão Portuguesa) para mais uma bela entrevista na Antena 1. Nobre afirmou de novo não ser dono de votos de ninguém - não vai dar intenção de voto aos seus votantes caso haja uma segunda volta -, acção que mostra como temos um candidato de carácter, dignidade, livre e independente, alguém que vê na cidadania o valor mais importante da democracia. Curioso foi o episódio contado pelo seu irmão: em Bruxelas, os Portugueses eram muitas vezes humilhados, diminuidos, tidos como menos inteligentes. Fernando Nobre, como melhor aluno do seu curso, irritava os professores e a dado dia um destes disse-lhe num claro tom de desafio "Fernando, ajoelha-te","Sem pestanejar, o meu irmão disse-lhe veementemente "Nenhum português jamais se ajoelhará perante um belga ou qualquer outro cidadão do mundo que o tente humilhar"".

Frutífera foi também a distribuição de panfletos na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa. À imagem de outros dias não ouvimos UM jovem a afirmar votar noutro candidato, não ouvimos um jovem a dizer não gostar do Dr. Nobre. Em contrapartida, é alarmante a indiferença da nossa população perante estas eleições, perante estas políticas, perante este País. Estamos nas mãos dos políticos que estão no poder pois cada vez menos pessoas votam e estes acabam por se reger a eles próprios. É URGENTE credibilizar a política, actividade que há mais de 2000 anos, na Grécia antiga era entendida como o mais alto expoente de cidadania, eram os políticos os cidadãos mais respeitados. Regredimos neste factor, sem qualquer dúvida. Ainda assim, é geral a simpatia perante o nosso candidato, o reconhecimento do seu valor pessoal e isso é sempre um mar de esperança dentro dos voluntários desta campanha. O país ainda é das pessoas, a decisão ainda é nossa.


Numa conferência, na Faculdade acima referida, Nobre frisou a sua experiência na Amnistia Internacional na Bélgica enviando cartas para países pelo mundo fora que tratavam presos políticos como doentes psiquiátricos. Questionava-se "para que servem estas cartas que eu envio?" mas acabou por ver nelas os resultados que queria e a força que os cidadãos comuns têm quando se juntam e mobilizam para um determinado fim. Afirmou a existência de três pilares fundamentais da sociedade: Estado, Mercado e Sociedade Civil. "Temos que harmonizar os três. Sendo a harmonia o equilíbrio de coisas instáveis, qualquer abuso de uma destas partes descamba para uma ditadura militar, financeira ou uma anarquia." É necessária interacção e coesão entre esta tríade. Têm que estar ao serviço da segurança e harmonia das pessoas, frisou. Falou de dados, mais do que da sua experiência, dados como " a injecção de dinheiro nas sociedades financeiras superou no mínimo 20x o que foi injectado nos programas de desenvolvimento para os países que chamamos os "menos
desenvolvidos" dos últimos"... Agora adivinhem: 5 anos, 10, 20? "(...)cinquenta anos!".
O factor fundamental da cidadania é o voluntariado, disse Nobre. "Este devia ser um dos factores para medir os ÍndiceS de Desenvolvimento". É fundamental reforçar o pilar da solidariedade. "Estou convicto de que nós cidadãos não nos podemos demitir das nossas responsabilidades (...). Todos nós enquanto seres humanos capazes podemos intervir a nível da solidariedade". No final da sua intervenção foi enorme a salva de palmas que o acolheu. Ouvimos ainda igualmente Cristina Margarido (Banco Alimentar de Setúbal) que concluiu a belíssima apresentação com uma frase que muito se adapta à nossa campanhã; António Pires (pároco da Costa de Caparica) falando do regresso à pobreza de muitas famílias e do aparecimento de crianças na rua e Rita Margarido (GEOTA) sobre a responsabilidade ambiental de cada um. É este o país das pessoas, é no terreno que a nossa candidatura prima pois temos um dos homens mais pragmáticos do país. À noite num esgotadíssimo Gimnodesportivo “Os Vinhais”, em Tires, preparámos e vimos uma das recepções mais entusiásticas desta campanha. No seu discurso, Margarida Pinto Correia lembrou-nos o hino da campanha perguntando repetidamente “De quem é esse caminho?” e sublinhando diversas vezes a necessidade de TODOS nos empenharmos nesta candidatura e divulgarmos. Seguiu-se Luís Represas com um discurso bastante forte sobre as razões pelas quais apoia Nobre. Falou-nos de um homem de acção, de um homem que ia até ao fim do mundo pelo nosso país, no fundo, do homem que já todos nós conhecemos. Ainda houve tempo para Isabel Soares (filha de Mário Soares) discursar e veio a vez de Fernando Nobre num dos seus melhores discursos até hoje. Entre afirmações peremptórias, destacaram-se “jamais alguém humilhará o meu País” (referindo-se ao silêncio de Cavaco Silva aquando das provocações do Presidente Checo), “eu sou o único candidato que vencerá Cavaco numa segunda volta”, “está na hora de recomeçarmos Portugal” e "Manuel Alegre e Cavaco Silva são candidatos do passado. Eu sou O candidato do FUTURO!". É grande o entusiasmo que povou aquela sala e podemos afirmar, sem dúvida alguma, que somos uma candidatura em crescendo. Os presentes saudaram o candidato com várias palavras de ordem como a inventada pelos jovens “dia 23 Portugal muda de vez” ou “com Nobre a Presidente Portugal será diferente”.


É um homem de acção mais do que de esquerda ou de direita. Quando o ouvimos não são palavras ocas que ouvimos, são lições de vida, de uma vida de luta e cidadania. Hoje falou-nos da sociedade que queria ver no nosso País. Uma sociedade mais activa e interventiva. O que Luís Represas disse ajusta-se perfeitamente: “Fernando Nobre é o único candidato que estaria disposto a abdicar de um voto para si para conquistar um voto noutro qualquer de alguém que se fosse abster. Isto mostra o valor deste homem!”.

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