segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conselho de Estado jovem

Ontem estive num espectáculo de stand-up comedy no Teatro da Trindade, às 19h. Perante uma assistência de 400 pessoas (teatro praticamente cheio), Luís Filipe Borges, António Raminhos e Nilton fizeram uma plateia inteira rir do Estado do País. Perante o pessimismo que se alastra, é sempre importante trazer de volta os sorrisos aos Portugueses. O que me espantou foi a receptividade com que estas 400 pessoas (na sua grande maioria jovens - não fosse esta uma acção da Coordenadora da Juventude) receberam a mensagem de Fernando Nobre.

Depois de anunciar "Nascerá comigo um outro Conselho de Estado, de consulta informal do Presidente, um Conselho de Estado virado para o futuro, em que todos os seus membros terão menos de 35 anos", foi mais longe e, apesar de afirmar que nada tem "contra um Conselho de Estado feito de senadores e com um passado brilhante" disse ainda "quero ter comigo um Conselho de jovens que tenham mais futuro do que passado, que tenham mais energia e menos cinismo, que tenham mais coragem e menos medo". É esta a coragem que precisamos nos dias de hoje. É este o caminho que temos que seguir. Todos estamos fartos de políticos com pó, as mesmas palavras de sempre e os mesmos resultados.
-temos tido boas intenções na política em Portugal?
Diria que sim, mas a prática não tem acompanhado essas intenções. As "promessas de político" são ridicularizadas, tidas como algo pejorativo, e não têm credibilidade num País que precisa de mudar muito.

- o futuro é nosso, dos jovens. No passado já outras gerações tiveram a oportunidade de tornar Portugal num País maior. Por muito que tenham tentado, muitos desperdiçaram essa chance. Hoje é a nossa vez, o nosso tempo, o NOSSO momento.

Fico com pena apenas da falta de divulgação na Comunicação Social destas medidas anunciadas e de uma acção de Campanha que, arrisco a dizer-me, nunca teve nada similar no passado. Correu bem. Faremos mais e iremos mais longe com as nossas ideias inovadoras, a nossa vontade de mudança, a nossa inexperiência com vontade de aprender aliada à experiência de muitos. Se o dia de ontem foi um sucesso não foi devido à presença de personalidades famosas ou ao empenho destes. Foi devido a anónimos, cidadãos portugueses e participativos, que não querem defraudar as expectativas daquele que é para mim o melhor candidato de sempre à Presidência da República.

É impressionante como todos dizemos mal dos nossos governantes
- só fazem porcaria
- são todos uns sacanas
- aldrabões
- mentirosos
- damos-lhes a oportunidade de governar e deixam o País na miséria
mas quando nos dão um voto para a mão, quando nos dizem
- agora é a TUA vez de decidir
nós limitamo-nos a fazer o que sempre fizemos e, ou nos deixamos em casa, ou elegemos os mesmos. É uma incongruência enorme que simplesmente não compreendo. Não comprariam na praça um peixe que sempre disseram ser de péssima qualidade. Não adeririam a um tarifário que sempre afirmaram ser o pior do mercado. Não escolheriam para vosso amigo a pessoa que sempre odiaram. Porque elegem então para vosso representante a pessoa que sempre disseram ser a pior ou que é um responsável directo pelo estado de Portugal?

Fico aqui, sentado a um computador, pasmado, à espera que um dia o País acorde. Até lá, resta-me ir denunciando isto e tentando despertar os que me rodeiam. Façam vocês também a vossa parte e pode ser que a 24 de Janeiro acordemos virados com a cabeça para o futuro em vez de ter os pés assentes num passado recente que se apresenta lamacento...

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